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Trauma dental na criança – Saiba o que fazer!

Crianças com até 3 anos de idade estão começando a andar, logo podem cair e seus reflexos não estão totalmente desenvolvidos. O trauma dental pode lesar os tecidos de suporte dental, mucosas e lábios resultando em importante sangramento e podem estar associados ao trauma de cabeça.

De zero a três anos as lesões que caracterizam o trauma dental estão mais relacionadas com a luxação do dente decíduo (dente temporário), isso ocorre porque o osso é mais esponjoso e maleável, o que leva a absorção do impacto.

Já em crianças maiores o osso tem maior dureza e mais resistência, neste caso é mais comum a fratura dentária e avulsão do elemento dentário.

Segundo um estudo realizo por Shaare (2005), os locais de maior ocorrência de trauma dental infantil são jardim da infância (32%) e na residência (38%), em crianças de 1 a 8 anos a maior incidência ocorre nos dentes incisivos superiores decíduos na faixa etária de três anos e meio.

Os tipos de lesões dentárias mais comuns em caso de trauma são:

  • Deslocamento dental: o dente poderá apresentar mobilidade e permanecer no local;
  • Fratura dental: existem diversos tipos como trinca de esmalte, fratura do esmalte e dentina, entre outras, podendo inclusive expor a polpa ao meio oral;
  • Intrusão dental: chamada de luxação intrusiva, quando o dente é deslocado para o interior do alvéolo dentário;
  • Avulsão dental: com o impacto o dente é expelido do alvéolo dentário.

Fratura da raiz do osso: ocasionando sangramento e mobilidade do dente – Fonte: Roteiro Baby

Os traumatismos dentários podem levar a perda dos decíduos. Grande parte da população não tem consciência da importância da dentição decídua para o desenvolvimento da criança, que pode ser afetado por sua perda precoce.

  • A prioridade é avaliar se houve um traumatismo na cabeça associado ao trauma dental; se ocorreu o traumatismo, avaliar se a criança está consciente, tem tontura ou vômito;
  • Se ocorreu o trauma na cabeça e a criança estiver consciente, mante-la em repouso e aplicar compressa fria no local do trauma, observar se há sinais de alterações neurológicas como vômitos, tonturas, dificuldade para falar e sonolência importante (neste caso acionar o serviço de emergência SAMU 192);
  • Lembre-se: a prioridade é o trauma de cabeça, depois o trauma dental;

Se não ocorreu o trauma na cabeça você poderá seguir os passos abaixo:

  • Observar se ocorreu fratura do dente ou se ocorreu a intrusão deste (quando o dente traumatizado permanece na gengiva);
  • Orientar a criança a morder um rolete de gaze (se estiver com sangramento ativo);
  • Aplicar gelo (com ajuda de um pano) no local se apresentar inchaço e/ou sangramento;
  • Tentar localizar o dente (principalmente se for permanente);
  • Se o dente for encontrado, segure-o pela coroa, nunca pela raiz;
  • Colocar e manter o dente em frasco com leite (preferencialmente);
  • Quanto mais rápido ocorrer o atendimento pelo dentista, maior a possibilidade de êxito;
  • Verificar a vacinação contra o tétano (orientar os pais);
  • Encaminhar imediatamente ao cirurgião dentista da UBS ou conveniado com a Escola.

ATENÇÃO: todo trauma dental deve ser avaliado pelo dentista, a lesão pode não parecer importante quando observada a boca da criança, mas uma avaliação pelo profissional e até a realização de um RX poderão indicar a gravidade do problema.

Via Creche Segura

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